Quando anunciada a contratação do Professor Antonio Lopes, andava tão desanimado com os resultados e as más apresentações que ao ser perguntado se achava uma boa apenas respondi: Foi o que sobrou e teve a coragem de aceitar pegar esta bomba.
Dois meses e quinze rodadas se passaram (na conta o jogo do Fluminense em que assistiu da arquibancada, mas já era o técnico) e muita coisa mudou. Temos a sexta melhor defesa do campeonato e a melhor se considerarmos apenas a Era Lopes.
Aproveitamento de 60% dos pontos disputados, igual ao do líder Palmeiras. E uma aparente folga em relação a ZR, da qual éramos freqüentadores assíduos este ano. Ainda corremos riscos, mas a cada jogo a pressão diminui.
O ataque ainda não é o dos sonhos, eu disse ainda, pois já não duvido mais do nosso comandante, que teve a paciência da torcida a seu lado, pôde conhecer o potencial das suas peças e experimentá-las em diversos setores do gramado e jogo a jogo vem ajustando a sua máquina com a mescla de experiência, qualidade e juventude.
Lopes vem fazendo o básico, lição por lição, e mostrando o porquê de ser considerado um dos maiores treinadores do país, provando que sua ausência dos gramados no último ano só lhe fez bem e que ainda sabe muito.
Primeiro ajustou a defesa fazendo com que parássemos de ser a alegria dos adversários, depois fortaleceu o meio campo, com forte marcação e conduzido por um maestro, e agora por último tenta encaixar o ataque, querendo-o veloz e eficaz.
Deu resultado domingo, fizemos três. Nossos jogadores são figuras constantes nas seleções das rodadas: Manoel, Nei, Ronaldo, Rafael Miranda, Valência, Paulo Baier, Marcinho, este último conseguindo nas últimas partidas apresentar o futebol que tanto esperávamos, fruto do posicionamento em campo imposto pelo delegado.
O certo é que a essência da filosofia do treinador é jogar no erro do adversário, muitas vezes deixando o jogo feio e com cara que de estamos sendo massacrados pelos adversários. Puro engano. Este é o Pega-Ratão do Delega, dar a impressão de estar sendo dominado enquanto arma bote fatal.
Um erro do adversário proporciona a chance que deve ser bem aproveitada e pronto: vitória e três pontos na bagagem. Tem sido assim nas últimas rodadas, foi assim no último jogo, e deverá ser assim no clássico. E ainda teremos mais um ingrediente a nosso favor, a pressão, que estará do lado deles, do jeitinho que Lopes gosta.
A opinião aqui apresentada é de inteira responsabilidade deste colunista, não representando necessariamente as idéias do editor do blog.
[quarta-feira, outubro 21, 2009
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