FORA DE CAMPO - Maestria

O espetáculo proporcionado na Arena na tarde de ontem ficará para a história. A ansiedade tomava conta de mim momentos antes de entrar no estádio e poder vislumbrar o sonho de ver o Caldeirão completamente tomado por torcedores de ambos os lados. Além da grande festa da torcida, quem esteve presente pôde presenciar também uma bela vitória Atleticana e justamente em cima do time que fez questão de fugir de nossa casa em passado recente.

O êxtase tomava conta das arquibancadas da Arena. A inauguração do novo setor, o comparecimento em massa da torcida, a presença do desafeto Dagoberto e o adversário da tarde foram fatores que certamente deixarão este jogo marcado na memória de todos os Atleticanos.

E tudo se tornou ainda mais completo quando Paulo Baier, aos 41 minutos da segunda etapa em um arremate de cabeça, estufou as redes tricolores dando um cala-boca na equipe, na torcida e na imprensa paulista que já davam como ganha a partida em Curitiba.

Lopes foi ousado em promover Fransérgio na zaga, fato este que me preocupou em virtude da qualidade técnica do adversário e da juventude do garoto, que se mostrou seguro e competente nos desarmes, assim como Chico e Manoel que barraram a equipe tricolor com maestria, estando sempre bem postados.

Com a defesa segura o Atlético esforçava-se em furar o paredão paulista, que apesar de possuir uma equipe qualificada não suportou a pressão vinda das arquibancadas e que praticamente não levou perigos a meta de Galatto. Dagoberto visivelmente abalado pelas “homenagens” recebidas durante a partida pouco produziu, assim como Washington que passou completamente apagado no jogo.

A alteração promovida por Lopes no segundo tempo, colocando Alex Mineiro no lugar de Marcinho (sumido) e de Gabriel Pimba no lugar de Wallyson (discreto) foram o xeque-mate do comandante Rubro-Negro na partida.

Some-se a isso a maestria de Paulo Baier que novamente foi o homem do jogo, e que armou a jogada de forma brilhante para concluir em gol e enlouquecer a massa Atleticana no novo Caldeirão.

Se já era difícil para os adversários atuarem aqui, imaginem agora com o estádio fechado. O freguês São Paulo que o diga.

Grande abraço a todos.